LADRÃO DE IDENTIDADE PRESO EM DISPUTA SOBRE OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO
Por décadas, a origem dos Manuscritos do Mar Morto tem sido intensamente debatida.
A teoria que tem ampla aceitação é que esses documentos antigos, que incluem textos das Escrituras Hebraicas, foram escritos a mais de três séculos antes de 100 E.C. por uma facção judaica conhecida como essênios. Os seguidores desse grupo judaico se localizavam em Qumran, uma região perto do Mar Morto, onde foram descobertos os manuscritos entre 1947 e 1956.
Uma teoria alternativa, apaixonadamente proferida por um professor da Universidade de Chicago, é que os autores dos manuscritos não seriam os essênios, e que os manuscritos eram mantidos em várias bibliotecas em Jerusalém até serem escondidos nas cavernas em torno de Qumran para sua proteção durante a Guerra dos Romanos que se deu entre 67 e 73 E.C. Qumran, ele diz, não era um monastério essênio, mas uma fortaleza, um dos vários bastiões defensivos em torno de Jerusalém.
O professor que defende essa teoria, apesar das críticas significativas, chama-se Norman Golb. Um de seus maiores aliados nessa ideia é seu filho, Raphael Haim Golb.
Porém, promotores disseram na terça-feira (4 de março de 2009) que Raphael Golb levou a defesa da teoria de seu pai muito longe. Ele é acusado de ter usado identidades roubadas de várias pessoas, incluindo a de um professor da Universidade de Nova York que discordava de seu pai, para promover a teoria dele e denegrir seus críticos.
Golb foi preso e está sendo acusado pela Corte Criminal de Manhattan por roubo de identidade.
Fonte: http://www.nytimes.com/2009/03/06/nyregion/06scrolls.html